Aqui estou eu numa tentativa de sair do limbo.
Gente, esse blog anda às traças, né?
Mas vamos lá, tentar, no meio dessa bagunça fazer um postzinho.
Hoje eu vim aqui pra falar da minha irmã Lu.
Nós somos muito, muito diferentes, chega a ser curioso até.
Nascemos bem pertinho uma da outra, fomos criadas juntas, mas olha, não somos farinha do mesmo saco. Temos opiniões, gostos, cabelos, maridos, casas e regras pra criação dos filhos bem diferentes.
Mas também temos nossas coisas em comum, e não sabemos viver uma sem a outra.
A Lu e o Andre, meu cunhado, são meio que cidadãos do mundo. Eles já moraram em vários cantos, juntos ou separados, e já viajaram muito também.
Nessas idas e vindas conheceram muitas culturas, muita gente, muitos lugares legais, e cada vez que voltaram, trouxeram junto alguma lembrança, um souvenir, um presente ou algo que lhes encantou.
E assim, junto com as recordações que já tinham, foram construindo uma estória bonita.
No final do ano passado, ela me chamou na casa dela, e abriu o baú pra mim. E pediu pra eu ajuda-la a colocar aquilo tudo nas paredes.
Mas era muita coisa! E de tudo um pouco! E nada combinava muito bem! Uma loucura.
Mas aí, ela me lembrou que na decoração, o coração vale mais que os olhos, e logo eu estava envolvida até o pescoço, selecionando quais daqueles tesouros teriam lugar nas paredes.
E foi uma missão difícil. Tivemos que deixar muitas coisas de lado, mas conseguimos chegar numa coleção legal.
Outro dia fomos até a molduraria. Me diverti horrores, já que ela estava a fim mesmo de muita cor, de muito contraste e de muita alegria. E eu, que acho tudo isso lindo mas não tenho autorização marital pra pirar nas paredes aqui de casa, pirei nas paredes dela.
E aí foram mais duas longas noites, uma medindo, espalhando quadros e objetos no chão, puxa pra cá, arrasta pra lá e tals. E outra martelando, martelando, martelando.
Ela ficou super feliz com o resultado! E eu também! Então resolvi mostrar pra vocês.
São três paredes, a primeira divide a sala de jantar com a cozinha:
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Parede com moldurinhas de ferro vazias, uma galinha e um porco-espinho. E esse dorminhoco no chão é o Gordo.
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Misturinha de cores com lembranças queridas.
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A galinha veio na bagagem, direto de New York.
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O porco espinho, feito de trigo pela Lu e sua “mãe” sueca no intercâmbio que ela fez em 92, ganhou moldura.
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As moldurinhas de ferro foram compradas na Etsy (o bichinho picou ela também) e pintadas muitas vezes até conseguir as cores ideais.
A segunda parede ocupa todo o corredor que conecta a entrada principal, a escada e todos os ambientes do térreo.
É uma parede enorme, e a Lu escolheu pra ela a cor amarelo Post-it. Ela levou um Post-it até a loja de tintas e encontrou o tom exato.
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Muitos lugares e momentos diferentes numa única parede.
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Molduras super contrastantes se misturam a objetos queridos. O triciclo foi comprado para o primeiro filho, Theo, quando ainda moravam nos EUA, na Radio Flyer.
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Precisa dividir a parede em duas para fotografar. Aqui o lado direito.
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Cartaz de um show do Jello Biafra, ex-vocalista do Dead Kennedys, que o Andre assistiu enquanto morava na Nova Zelândia.
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Lenços africanos, chamados Kikoys, que os dois trouxeram do Kenya, onde foram voluntários em um orfanato por algumas semanas.
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Colar dos guerreiros Masai também da viagem ao Kenya.
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Estes guerreiros pintados em tecido também vieram do Kenya, e ganharam paspatur preto e moldura de madeira de demolição.
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Ao lado de mais um Kikoy, a Grande Onda de Kanagawa, de Hokusai, impressa em tecido, também ganhou moldura de madeira de demolição.
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As cores dos Kikoys são lindas.
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O trabalho em madeira, vindo do Kenya, deseja boas vindas aos visitantes (Karibu, em Swahili), enquanto o pôster lembra o show da banda Dead Kennedys em Curitiba.
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Detalhe dos desenhos, talhados na madeira.
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E aqui o lado esquerdo.
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Pôster da revista Dirt Rag (o Andre é apaixonado por mountain bike). Escolhemos essa moldura detonada e achei que ficou bem bacana.
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Logo acima, duas ilustrações mexicanas, trazidas de viagem, mantidas com as molduras originais.
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Print de Kevin Nierman, Trabalhador Industrial. Foi presente da Lu para o Andre (reparem na bike), enquanto moravam nos EUA.
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Abaixo dela, um presente de casamento de um amigo italiano do casal. É uma impressão numerada de um desenho do interior do Panteon, em Roma. A Lu queria muito que alguma coisa tivesse moldura roxa brilhante, pra constrastar com a parede Post It.
A terceira e última parede fica na sala de jantar.
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Essa é a minha preferida.
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A mesa e as cadeiras são da Ikea, assim como o tecido usado no trilho da mesa, e vieram na mudança de volta dos EUA. O pendente eleito pela Lu é da Mantra, e o buffet é de marcenaria.
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Não foi fácil chegar nessa disposição, principalmente por causa dos objetos miúdos, mas no fim das contas, eu amei a composição.
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Sobre o buffet, velas em forma de cactus.
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E a boneca toda colorida, contrasta com o móvel, todo branco.
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Ela também é mexicana, e veio na bagagem de volta da lua-de-mel.
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A vaca foi trazida da viagem à Irlanda, e o peixe é ilustração de um calendário de arte Inuit (esquimó).
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As tags das orelhas inspiraram a cor da moldura.
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A moldura branca, com acabamento lixado, e o paspatur vermelho, valorizaram a página do calendário.
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Os pega-moças foram trazidos da viagem à Amazônia.
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Mesmo com tanta diversidade, conseguimos manter a harmonia, usando cores quentes em paspaturs e molduras.
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A ilustração com tema botânico é original, presente de casamento do amigo ilustrador Jarbas. A flor da bromélia deu o tom do paspatur.
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A bola pintada à mão, vinda de Cancún, foi colada num fundo branco e emoldurada.
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A ilustração dos ursos polares, também é do calendário de arte Inuit, e ganhou moldura de um amarelo bem forte.
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E a águia, do mesmo calendário, ganhou a mesma moldura branca lixada, com paspatur laranja.
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O gondoleiro articulado, feito em madeira, foi trazido de Veneza.
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A linda ilustração da Sakura, a cerejeira japonesa, foi presente da nossa mãe, e ganhou um paspatur dourado, com moldura envelhecida e delicada.
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As cores vivas do Kikoy estão nesta parede também.
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As bonequinhas de cerâmica, com perninhas soltas, fazem barulho, como sinos. Esta é de Playa del Carmen, e tem trancinhas de fio.
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A verde e a laranja são de Cancún, destino da lua-de-mel dos dois.
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O cartão, que ele enviou pra ela enquanto morava fora, virou quadro. Da Nova Zelândia, representa um kiwi, animal típico da ilha, esculpido em osso.
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E a borboleta Morpho, que o Andre tem desde a infância, ganhou moldura nova.
Ainda inventei um móbile, com as outras bolas pintadas à mão que eles trouxeram de Cancún, mas não fiquei muito satisfeita com o resultado. Ele está no hall de entrada do andar superior, onde ficam os quartos.
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Usei um bastidor, que pintei de vermelho como base, e fio encerado pra pendurar as bolas. No centro, presa com fio de nylon, uma piñata de cerâmica.
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As bolas são lindas, e as cores vibrantes, mas o móbile não me convenceu.
E foi assim que deixamos a casa da Luly cheia de cores e de lembranças!!!
E logo teremos mais. Fui “contratada” pra ajudar na decoração do quarto dos dois pequenos, e acho que até o final do ano terminamos. E aí, já sabe, né? Pode demorar, mas eu posto aqui. :)
Só ela mesmo pra conseguir me arrastar pra essa trabalheira toda, mesmo eu estando sem tempo pra mais nada.
Mas olha, esse post demorou muito pra ser feito, e agora olhei a hora e me assutei. Já passa das duas horas e amanhã cedo, quando a Malu e o Matias acordarem, eu vou me arrepender muito de ter ficado aqui até tão tarde, então boa noite!!!
Lahna :)
PS – Para quem é de Curitiba, e quer saber onde costumo fazer as molduras: Aliança Molduras (41) 3335-3430.
Image may be NSFW.
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